As desculpas serão as nossas verdadeiras amigas ou melhor as inimigas do nosso sucesso.
Retira-nos o poder. Deixam-nos impotentes e vitimizados pelas circunstancias. São um convite aberto à culpa, apontando o dedo a alguém, em vez de nós próprios.
Desculpas o que significa? É um olhar com indulgência e um deixar passar a “coisa”, é um perdoar.
Elas impedem-nos de tomar responsabilidades pelas nossas vidas e de ver a realidade presente. São e não poderemos de afirmar uma tentativa de nos “desculparmos”por não actuarmos como os seres humanos responsáveis, poderosos e criativos que somos.
As desculpas tornam-se num acto socialmente aceite para sair de qualquer situação. Elas gritam-nos aos nossos ouvidos, murmuraram na nossa consciência:
- “Não é a minha culpa”…
- “Não pude evitar!”…
- “Os meus filhos precisam de mim!”…
-“ Não faz parte do meu trabalho”…
- “Não posso fazer tudo!”…
- “É grande demais”, “estou esgotado”…
- “Já estou demasiado ocupado!”…
- “Não sou suficiente esperto!”…
- “Eu cumpri a minha parte, mas eles não cumpriram a deles”…
- “As pessoas à minha volta são irresponsáveis”…
-“ Alguém devia tratar desta situação senão vai tudo a abaixo!”…
- “Estou com dor de cabeça!”…
- “O sistema está podre.
É muito familiar este reportório, certamente que sim. As desculpas somente transferem todo o nosso poder pessoal para as circunstâncias exteriores e tiram as capacidades de criar resultados. Sabotam os nossos sonhos para o futuro, empurram-nos repetidamente para o mesmo caminho do passado. Infiltra-nos nos desejos mais profundos e nos planos mais bem delineados e impedem-nos de obter uma vida que possamos amar.
Na verdade, todas as desculpas utilizadas são justificadas se não fossem não era possível utiliza-las. Apenas diríamos algo como “Agora, vou dar uma desculpa para não ter de ser, ou fazer ou para o ter o que desejo na minha vida”.
À primeira vista, parecem mais do que desculpas, parecem mais porque podemos provar as limitações à que estamos a constatar.
No entanto, se olharmos mais profundamente e se estivermos dispostos a olhar para além dos nossos “não posso”. Veremos que se trata de uma forma de desculpa, um “não posso” mesmo que seja justificado, não deixa de ser uma desculpa.
Muito provavelmente será necessário desistir de alguma coisa para realizar a tal desejada tarefa. Sacrificar parte do nosso tempo livre ou arranjar coragem para pedir ajuda a alguém.
Talvez, tenhamos de nos responsabilizar pela nossa própria educação em vez de procurar apoio em companheiros. A questão é que, se estivermos verdadeiramente empenhados em chegar ao nosso destino, vemos mesmo ter de desistir de todas as desculpas, justificados ou não.
Só então seremos senhores do nosso destino.
Se quiser viver uma vida para além do que imagina, para além dos seus sonhos, vai ter que assumir este nível de responsabilidade. Se transformar a sua vida numa “zona livre de desculpas” ultrapassará muito mais rapidamente quaisquer obstáculos que lhe apareçam à frente e produzirá “mil vezes mais resultados " do que consegue agora.
Uma poderosa ajuda vem de viver dentro de uma intenção poderosa. É a qualidade das escolhas que fazemos todos os dias que determina a criação do melhor ano da nossa vida.
Podemos sempre escolher cada momento se vamos continuar na rua que tem buracos no passeio ou se optamos por outra completamente diferente.
Deixar que as nossas desculpas, expectativas negativas, diálogo interior destrutivo e comportamentos derrotistas ditem as nossas opções e provavelmente a escolha mais vulgar que podemos fazer.
Se tomarmos agora a tomar uma série de opções extraordinárias poderá transformar a possibilidade de viver o melhor ano da sua vida numa realidade predominante.
Debbie Ford
quarta-feira, março 30, 2011
segunda-feira, março 28, 2011
Momentos felizes...
"Passamos a vida em busca da felicidade. Procurando o tesouro escondido. Corremos de um lado para o outro esperando descobrir a chave da felicidade. Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. E achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes. E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros fogem para casa para serem felizes. Uns se casam para serem felizes e outros se divorciam para serem felizes. Uns fazem viagens caríssimas para serem felizes e outros trabalham além do normal para serem felizes. Uma busca infinda. Anos desperdiçados. Nunca a lua está ao alcance da mão, nunca o fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto. Sombras, lágrimas. Nunca estamos satisfeitos. Mas, há uma forma melhor de viver! A partir do momento em que decidimos ser felizes, nossa busca da felicidade chegou ao fim. É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa. E jamais está à venda. Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção. A felicidade não tem nada a ver com conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo tem que nenhuma fortuna satisfaria a um inconformado. As necessidades de cada um de nós são poucas. Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém a amar, alguma coisa a esperar, não seremos felizes. Saiba: A única fonte de felicidade está dentro de você, e deve ser repartida. Repartir suas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: - sempre algumas gotas acabam caindo sobre você mesmo." Autor Desconhecido
quinta-feira, março 24, 2011
NUNCA DESISTA DE SER FELIZ
"Existem pedras
Não desista de andar...
Existem barreiras
Não desista de passar...
Existem os nós
É Preciso desatar...
Existe o desânimo
É A pior coisa que há...
A estrada é longa
Não desista de chegar...
Existe o cansaço
É Preciso caminhar...
Existe a derrota
Você nasceu pra ganhar...
Existe o desamor
É Fundamental amar...
Nunca, eu disse NUNCA
Desista de seus sonhos e
De lutar por aquilo que acredita
Pois os erros servem para nos ensinar
E não para nos desanimar!
Tenha uma vida abençoada por Deus."
Autor Desconhecido
Não desista de andar...
Existem barreiras
Não desista de passar...
Existem os nós
É Preciso desatar...
Existe o desânimo
É A pior coisa que há...
A estrada é longa
Não desista de chegar...
Existe o cansaço
É Preciso caminhar...
Existe a derrota
Você nasceu pra ganhar...
Existe o desamor
É Fundamental amar...
Nunca, eu disse NUNCA
Desista de seus sonhos e
De lutar por aquilo que acredita
Pois os erros servem para nos ensinar
E não para nos desanimar!
Tenha uma vida abençoada por Deus."
Autor Desconhecido
quarta-feira, março 23, 2011
Nem a Rosa, nem o Cravo…
"As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?
Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do céu azul, do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, dessas alegrias de todos os instantes.
Porque elas estão perigando, todas elas, os trigais e o pão, a farinha e a água, o céu, o mar e teu rosto. Contra tudo que é a beleza cotidiana do homem, o nazifascismo se levantou, monstro medieval de torpe visão, de ávido apetite assassino. Outros que falem, se quiserem, das árvores nas tardes agrestes, das rosas em coloridos variados, das flores simples e dos versos mais belos e mais tristes. Outros que falem as grandes palavras de amor para a bem-amada, outros que digam dos crepúsculos e das noites de estrelas. Não tenho palavras, não tenho frases, vejo as árvores, os pássaros e a tarde, vejo teus olhos, vejo o crepúsculo bordando a cidade. Mas sobre todos esses quadros bóiam cadáveres de crianças que os nazis mataram, ao canto dos pássaros se mesclam os gritos dos velhos torturados nos campos de concentração, nos crepúsculos se fundem madrugadas de reféns fuzilados.
E, quando a paisagem lembra o campo, o que eu vejo são os trigais destruídos ao passo das bestas hitleristas, os trigais que alimentavam antes as populações livres. Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como u’a nuvem inesperada num céu azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, doces palavras cariciosas, versos suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, elas me soam como uma traição neste momento.
Mas sei todas as palavras de ódio, do ódio mais profundo e mais mortal. Eles matam crianças e essa é a sua maneira de brincar o mais inocente dos brinquedos. Eles desonram a beleza das mulheres nos leitos imundos e essa é a sua maneira mais romântica de amar. Eles torturam os homens nos campos de concentração e essa é a sua maneira mais simples de construir o mundo. Eles invadiram as pátrias, escravizaram os povos, e esse é o ideal que levam no coração de lama. Como então ficar de olhos fechados para tudo isto e falar, com as palavras de sempre, com as frases de ontem, sobre a paisagem e os pássaros, a tarde e os teus olhos? É impossível porque os monstros estão sobre o mundo soltos e vorazes, a boca escorrendo sangue, os olhos amarelos, na ambição de escravizar. Os monstros pardos, os monstros negros e os monstros verdes.
Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, têm um significado neste momento. Houve um dia em que eu falei do amor e encontrei para ele os mais doces vocábulos, as frases mais trabalhadas. Hoje só 0 ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só 0 ódio ao fascismo, mas um ódio mortal, um ódio sem perdão, um ódio que venha do coração e que nos tome todo, que se faça dono de todas as nossas palavras, que nos impeça de ver qualquer espetáculo – desde o crepúsculo aos olhos da amada – sem que junto a ele vejamos o perigo que os cerca.
Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!"
Jorge Amado
segunda-feira, março 21, 2011
Sua vida ........
"Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão...
A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.
Você pode ficar a vida inteira esperando, Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala.
Mas, o que tirar ? Você começa tirando tudo para fora... veja o que tem dentro: Amor, Amizade...nossa ! Tem bastante, curioso, não pesa nada...
Tem algo pesado.... você faz força para tirar.... era a Raiva - como ela pesa !
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, Medo, Pessimismo... nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala .... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem....
Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira pra fora um monte de Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante....
Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein.
Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente."
Autor desconhecido
Fonte Internet
A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.
Você pode ficar a vida inteira esperando, Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala.
Mas, o que tirar ? Você começa tirando tudo para fora... veja o que tem dentro: Amor, Amizade...nossa ! Tem bastante, curioso, não pesa nada...
Tem algo pesado.... você faz força para tirar.... era a Raiva - como ela pesa !
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, Medo, Pessimismo... nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala .... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem....
Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira pra fora um monte de Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante....
Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein.
Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente."
Autor desconhecido
Fonte Internet
sexta-feira, março 18, 2011
O RIO E O OCEANO
"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!"
Osho
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!"
Osho
quinta-feira, março 17, 2011
A Psicologia do ódio...
"A psicologia do ódio é esta: você queria algo e alguém o impediu de conseguir, alguém surgiu como uma pedra, como um obstáculo.
Toda a sua energia estava sendo dirigida para conseguir algo e alguém bloqueou essa energia. Você não pôde conseguir o que queria.
Agora essa energia frustrada se transforma em ódio, ódio contra a pessoa que destruiu a possibilidade de realização do seu desejo.
Você não pode impedir o ódio, porque o ódio é um subproduto, mas você pode fazer uma coisa a mais para que o subproduto não aconteça de forma alguma.
Na vida, lembre-se de uma coisa: nunca deseje algo tão intensamente como se fosse uma questão de vida ou morte. Seja um pouco brincalhão.
Não estou dizendo para não desejar - porque isso seria uma repressão para você. Estou dizendo: deseje - mas deixe seu desejo ser brincalhão. Se você conseguir isso, bom. Se não conseguir, talvez não fosse a hora certa - veremos da próxima.
Aprenda algo sobre a arte de jogar."
Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade
Toda a sua energia estava sendo dirigida para conseguir algo e alguém bloqueou essa energia. Você não pôde conseguir o que queria.
Agora essa energia frustrada se transforma em ódio, ódio contra a pessoa que destruiu a possibilidade de realização do seu desejo.
Você não pode impedir o ódio, porque o ódio é um subproduto, mas você pode fazer uma coisa a mais para que o subproduto não aconteça de forma alguma.
Na vida, lembre-se de uma coisa: nunca deseje algo tão intensamente como se fosse uma questão de vida ou morte. Seja um pouco brincalhão.
Não estou dizendo para não desejar - porque isso seria uma repressão para você. Estou dizendo: deseje - mas deixe seu desejo ser brincalhão. Se você conseguir isso, bom. Se não conseguir, talvez não fosse a hora certa - veremos da próxima.
Aprenda algo sobre a arte de jogar."
Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade
quarta-feira, março 16, 2011
Poder Interior
Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos!
"Muito se fala hoje sobre sermos criadores da nossa vida, que o destino está nas nossas mãos, que querer é poder, mas como é que estes conceitos se aplicam na prática?
Tudo começa com a pessoa, com a sua capacidade de acreditar em si mesma, de se valorizar e de se dispor a trabalhar pelos seus objectivos e sonhos. De se assumir como um ser integral que precisa de se cuidar na mente, no corpo e na alma, sabendo que só poderá atingir resultados duradoiros se trabalhar na vida com base neste equilíbrio.
São conhecidos e inúmeros os casos de pessoas que, contra todas as probabilidades iniciais, conquistaram grandes sucessos pessoais e profissionais com um sonho, alguma inspiração e muita dedicação. Pessoas que na vida, realizaram muito para além dos seus sonhos mais ousados. Você pode ser uma pessoa assim.
Todos estamos, à partida, programados para dar e receber o melhor da vida - o melhor com a consciência e o conhecimento que temos – mas nem todos estamos conscientes disto, nem o aproveitamos a nosso favor pois não acreditamos no nosso poder interior.
A verdade
O verdadeiro poder interior, por definição, não depende de factores externos tais como posses, família, títulos, etc. É interior, pessoal e deriva de um somatório de comportamentos baseados numa auto-imagem saudável, em crenças que estimulam a pessoa a aceitar-se como é e a superar-se, ao mesmo tempo.
Na base deste poder interior, que tantos frutos nos dá, como a autenticidade, a criatividade, a autonomia, a paz interior, a capacidade de concretização dos nossos projectos, o prazer de sermos quem somos e de nos partilharmos com os outros - está a auto-estima.
Auto-estima no terceiro milénio
Auto-estima é um conceito que atribuo às experiências vividas pela humanidade durante o séc. XX, embora o amor-próprio tenha sido expresso de muitas formas ao longo da história do homem. As sociedades humanas estão, como se sabe, em acelerada mudança.
Nos países mais desenvolvidos do ocidente, uma importante mudança começou há cerca de 20 anos, cujo alcance vai transformar muito significativamente a vivência das próximas décadas. O Estado providência está a chegar a limites que exigirão novas soluções de fundo, demandarão dos nossos líderes nacionais, em todas as áreas, uma profunda e inspirada visão para o futuro. O estado não poderá substituir-se massivamente ao contributo indispensável dos indivíduos, através da sua iniciativa, criatividade e responsabilidade pessoais.
Convidamo-vos a pensar sobre a mudança perspectivando agora a sua vida para os próximos dez anos num exercício tranquilo, dando-se o direito de abarcar o máximo de possibilidades de que se lembrar. O que se vê a fazer, qual o cenário que o cerca, quais as prioridades. Dê-se tempo para reflectir.
Paradigma social
O séc. XX e sobretudo as duas últimas décadas têm marcado a emergência de novos paradigmas sociais, dos quais menciono um muito importante: o facto de que a realização dos indivíduos dependerá cada vez mais deles mesmos do que da segurança fornecida pelo Estado, em qualquer nível.
Isto não significa desprotecção, insegurança ou caos sociais, mas sim mudança e reestruturação em que todos têm que estar envolvidos. Significa que os tempos nos estão a convidar a manifestar a era dum indivíduo que, esclarecido e consciente, vai alicerçando cada vez mais a sua segurança de vida nas suas próprias capacidades criativas e de condução da sua vida.
Na sua capacidade de aprender a crescer com a mudança, aprende a pensar novas alternativas e assim vai encontrando novas soluções para os seus problemas. Torna-se cada vez mais autónomo e empreendedor e a sua decisão de apostar em si concretizando o seu potencial vai conduzi-lo, gradualmente, a novos patamares de realização em todas as áreas da vida onde vai colocar a sua atenção e energia.
A mulher e o homem da era global
O leitor pode ser, aqui e agora, uma dessas pessoas precursoras de um novo e estimulante tempo. Assumindo a responsabilidade de rever os seus objectivos quando necessário, de reavaliar valores, modos de funcionar, de não se deixar estagnar (que é andar para trás) de cuidar de si mesmo, de se estimar e de partilhar o seu conhecimento, tempo e solidariedade com os outros.
O direito de ser você mesmo, de dizer o que pensa, de ocupar o seu lugar na sociedade, de procurar novas e melhores oportunidades. Estas mulheres e estes homens vão percebendo também, que o seu percurso pessoal e profissional se cruza com os de muitos outros que, partilhando com ele os mesmos sonhos, dúvidas, inquietações, perguntas e desafios, sentem a necessidade de se agruparem.
Juntos, terão mais eficácia nos seus empreendimentos e, irmanados de um mesmo objectivo, poderão fazer a diferença nas suas sociedades. Estes grupos de cariz profissional, social, cultural, humanitário, etc. serão cada vez maiores e mais diversificados e serão grandes motores de evolução social, económica e espiritual.
Estes são os homens e mulheres da nova era global que sabem que estão a construir o futuro, numa caminhada que começa ou acelera a partir do momento em que começam a aceitar o desafio de se amarem cada vez melhor, expressando essa auto-estima através de uma nova valorização profissional, de um acreditar mais nas suas ideias, de arriscar novas decisões, de procurar a excelência na sua vida!
O homem e a mulher globais aprenderam que a mudança não é algo que desafortunadamente nos acontece, mas é a própria vida e esta percepção que nos transforma em vencedores, porque aprendemos a fluir com as circunstâncias.
Perceberam que tentar bloquear a mudança equivale a bloquear a vida, compreendem que resistir aos acontecimentos só reforça a sua força e a nossa ansiedade retirando-nos energia vital preciosa para pensarmos novas e mais libertadoras oportunidades para nós. Perceberam que o seu poder interior começa com uma auto-estima sólida.
Auto-estima é…
Auto-estima é uma maneira de pensar, sentir e viver a vida, em que nos sabemos merecedores de uma realização integral, merecedores de nos expressarmos, de dizer o que sentimos e o que precisamos. Em que sabemos que somos também responsáveis pelas nossas vidas e, por isso mesmo, aprendemos a passar de uma mentalidade vitimizadora, para uma forma vencedora de estar na vida.
Auto-estima é cuidar de nós, aprender a dizer não sem nos sentirmos culpados, por que já não precisamos da aprovação dos outros para saber que somos válidos e merecedores de atenção ou de respeito.
Acontece que é a ansiedade que tantas vezes nos impede de sermos assertivos, porque muitos de nós aprendemos na infância ou juventude a esperar dos outros o confronto e a não-aceitação; por isso se torna tão difícil mostrarmos quem somos com firmeza, mas serenidade ao mesmo tempo.
Aprendemos a dizer a nossa verdade em vez de nos refugiarmos num silêncio repressivo que só traz uma paz bolorenta e ilusória às nossas relações. As melhores relações são as que se desfrutam com quem nos sabe aceitar como somos e respeitar as nossas opiniões, sonhos e projectos de vida. E quando o fazemos, as nossas relações dão saltos qualitativos maravilhosos.
As suas crenças, aquilo que acredita sobre si mesmo, a sua capacidade e o seu potencial, têm poder de modelar as suas experiências de vida, as condições que vive quotidianamente.
As suas crenças conduzem a sua energia física e psíquica, toda a sua energia vital, para a manifestação daquilo que elas mesmas determinam. As pessoas com uma boa auto-estima envolvem-se nos seus projectos, dialogam com as suas ideias, dão-se o direito de sonhar, investem tempo a nutrir a sua paixão.
Permitem-se ser conduzidos pelo delicioso frenesim e pela inquietação positiva que sempre acompanha o nascimento de uma nova ideia, plano, objectivo. Estas pessoas aprendem que é mais importante dar um pequeno passo diário rumo aos seus objectivos, do que deixar-se absorver completamente com uma ideia só para depois a largar durante um longo período de tempo.
Auto-estima é deixar de adiar a vida. Adiar sistematicamente qualquer coisa é sinónimo de que uma parte de nós se rejeita e não aceita uma harmonia e prosperidade maiores.
Quando voltar a adiar aquele novo regime alimentar que o vai beneficiar tanto, aquele programa de exercícios que lhe trará mais saúde, o envio do seu curriculum apostando na mudança profissional, o contacto com aquele alguém especial com quem era tão importante que falasse, o passar mais tempo de qualidade e atenção com os seus filho... saiba que está a adiar a felicidade, está a semear desilusão, carência, está a roubar-se alegria e realização que são suas, por direito próprio, só porque existe.
A auto-estima produz confiança, esperança, iniciativa, encorajamento e progresso na sua vida. Autoestima é cultivar os seus sonhos dando um passo todos os dias para melhorar ao nível físico, emocional, mental e espiritual. É aprender a relaxar e a desfazer as tensões emocionais que se manifestam no corpo.
Auto-estima é aprender a equilibrar a actividade e o repouso, no seu quotidiano. Aprender a respirar bem, pois a respiração correcta contém muitos segredos de libertação física e emocional, de rejuvenescimento e de saúde. Auto-estima é aprender a recolhermo-nos alguns minutos diários para o nosso centro de força e de poder, a nossa essência.
Auto-estima é aprender a escutar o nosso corpo, pois ele tem muitas formas de se expressar, de dizer aquilo que é o melhor ou não, para o seu bemestar. Cuide da sua relação com o seu próprio corpo, como se fosse a relação com um grande amigo, que ele na verdade, é.
O seu corpo não o julga nem critica; ele escuta cada pensamento, palavra e acto seu e depois age de acordo com estes, servindo-o com a maior fidelidade. Conhece bem o seu corpo? Escuta e atende os sinais de desconforto, tensão ou dor? Sabe qual é a melhor nutrição para si, respeita os períodos de repouso e de actividade de que necessita, sabe relaxar?
Todas as dádivas da vida pareceriam tristemente insípidas se não desfrutasse de boa saúde e energia. Quanto maior vitalidade tem, mais pode fazer no mundo, mais amor pode partilhar, mais pessoas pode inspirar, mais sonhos pode nutrir.
O corpo, a parte mais material de si, não é um mero pedaço de matéria densa, composto por vários órgãos e sistemas. Ele é um complexo sistema energético que sustenta a pulsação sagrada da vida em si.
Estabeleça uma comunicação amorosa e íntima com o seu próprio corpo alimentada diariamente através de diálogos, massagem, relaxamento, meditação, exercício prazeroso e nutrição consciente.
A meditação vai ensiná-lo a estar presente dentro de si mesmo, a respiração correcta modificará até a sua postura e traz uma sensação de plenitude que harmoniza as suas emoções. O seu corpo é a parte visível, a tradução do conjunto da sua mente e reflecte os seus padrões de pensamento. Mudar um, é mudar o outro.
Aprenda a aceitar uma crítica construtiva. Veja nela uma oportunidade de trabalhar sobre si e alcançar a excelência em qualquer aspecto da sua vida. Auto-estima equivale a amor. Amor é trabalho diário sobre nós mesmos. Aprender com os nossos erros e os erros dos outros é um sinal de excelência.
Por outro lado, quando criticar alguém procure que a sua crítica seja oferecida como um presente para ser eficaz: lindamente embrulhada e decorada. Como se faz: "embrulhe" a crítica entre dois elogios". Seja sincero e verá como funciona! Um dos aspectos mais geradores de auto-estima, é a partilha.
Saber partilhar é o princípio da felicidade. Treine diariamente a partilha, seja de um sorriso, de uma palavra, de generosidade, de um ombro amigo, do seu tempo e energia, dos seus sucessos, da sua atenção, dos seus sonhos e das suas grandes questões sobre a vida.
Quando aprendemos a apoiarmo-nos a nós mesmos, é importante estendermos esse apoio aos outros. Há muitas formas de apoiar quem nos rodeia. Reconhecer genuinamente o positivo nos outros, sem outras intenções para além da expressão da verdade do nosso sentir, é um poderoso gerador de mudança e harmonia nos nossos relacionamentos.
Para construir uma auto-estima forte, habitue-se a reconhecer, validar e elogiar as pessoas. Nunca subestime o poder da genuína apreciação e de uma palavra encorajadora no momento certo. Qual é o momento certo? O seu coração sabe e dá-lhe indicações, quando o sentir a expandir-se, num impulso irresistível.
Aprenda a relacionar-se com os outros a partir do melhor em si. Esta é uma chave fundamental para atrair a si o melhor dos outros. Auto-estima é aprender a ver o melhor nos outros e em si mesmo. É ter sentido de humor, pois ele é mágico! Mas a magia só acontece quando decidimos viver mesmo essa libertação que é o rir de nós mesmos e o rir para nós próprios.
É cultivar o seu sentido de humor específico e particular; treinar a capacidade de rir de si mesmo. De contrário, acabamos por entrar numa batalha permanente com a vida. Se estiver numa fase da vida que requer mudança, use os recursos que tem - e esqueça os que perdeu - para reentrar na vida desenvolvendo uma nova confiança e uma expectativa positiva.
Lembre-se de que, sempre que uma mudança acontece, você tem novos recursos, mais conhecimento mais informação e experiência do que na mudança anterior. Use-os a seu favor! Recorda-se das últimas vezes em que se sentiu feliz e motivado? O que estava a fazer? O que é que faria agora se não tivesse medo?
Auto-estima é saber viver com entrega e atenção ao momento presente. O presente é isso mesmo: um presente, uma oferta de vida palpitante, uma oportunidade única de ser criador da sua própria vida! Comece agora mesmo um futuro esperançoso, positivo, cheio de realização. Você pode mudar as suas experiências de vida. Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos! "
Texto: Vera Faria Leal, formadora e professora de facilitadores do Método Louise Hay, em Portugal
http://mulher.sapo.pt/carreira-vida/psicologia/poder-interior-1111855-6.html
"Muito se fala hoje sobre sermos criadores da nossa vida, que o destino está nas nossas mãos, que querer é poder, mas como é que estes conceitos se aplicam na prática?
Tudo começa com a pessoa, com a sua capacidade de acreditar em si mesma, de se valorizar e de se dispor a trabalhar pelos seus objectivos e sonhos. De se assumir como um ser integral que precisa de se cuidar na mente, no corpo e na alma, sabendo que só poderá atingir resultados duradoiros se trabalhar na vida com base neste equilíbrio.
São conhecidos e inúmeros os casos de pessoas que, contra todas as probabilidades iniciais, conquistaram grandes sucessos pessoais e profissionais com um sonho, alguma inspiração e muita dedicação. Pessoas que na vida, realizaram muito para além dos seus sonhos mais ousados. Você pode ser uma pessoa assim.
Todos estamos, à partida, programados para dar e receber o melhor da vida - o melhor com a consciência e o conhecimento que temos – mas nem todos estamos conscientes disto, nem o aproveitamos a nosso favor pois não acreditamos no nosso poder interior.
A verdade
O verdadeiro poder interior, por definição, não depende de factores externos tais como posses, família, títulos, etc. É interior, pessoal e deriva de um somatório de comportamentos baseados numa auto-imagem saudável, em crenças que estimulam a pessoa a aceitar-se como é e a superar-se, ao mesmo tempo.
Na base deste poder interior, que tantos frutos nos dá, como a autenticidade, a criatividade, a autonomia, a paz interior, a capacidade de concretização dos nossos projectos, o prazer de sermos quem somos e de nos partilharmos com os outros - está a auto-estima.
Auto-estima no terceiro milénio
Auto-estima é um conceito que atribuo às experiências vividas pela humanidade durante o séc. XX, embora o amor-próprio tenha sido expresso de muitas formas ao longo da história do homem. As sociedades humanas estão, como se sabe, em acelerada mudança.
Nos países mais desenvolvidos do ocidente, uma importante mudança começou há cerca de 20 anos, cujo alcance vai transformar muito significativamente a vivência das próximas décadas. O Estado providência está a chegar a limites que exigirão novas soluções de fundo, demandarão dos nossos líderes nacionais, em todas as áreas, uma profunda e inspirada visão para o futuro. O estado não poderá substituir-se massivamente ao contributo indispensável dos indivíduos, através da sua iniciativa, criatividade e responsabilidade pessoais.
Convidamo-vos a pensar sobre a mudança perspectivando agora a sua vida para os próximos dez anos num exercício tranquilo, dando-se o direito de abarcar o máximo de possibilidades de que se lembrar. O que se vê a fazer, qual o cenário que o cerca, quais as prioridades. Dê-se tempo para reflectir.
Paradigma social
O séc. XX e sobretudo as duas últimas décadas têm marcado a emergência de novos paradigmas sociais, dos quais menciono um muito importante: o facto de que a realização dos indivíduos dependerá cada vez mais deles mesmos do que da segurança fornecida pelo Estado, em qualquer nível.
Isto não significa desprotecção, insegurança ou caos sociais, mas sim mudança e reestruturação em que todos têm que estar envolvidos. Significa que os tempos nos estão a convidar a manifestar a era dum indivíduo que, esclarecido e consciente, vai alicerçando cada vez mais a sua segurança de vida nas suas próprias capacidades criativas e de condução da sua vida.
Na sua capacidade de aprender a crescer com a mudança, aprende a pensar novas alternativas e assim vai encontrando novas soluções para os seus problemas. Torna-se cada vez mais autónomo e empreendedor e a sua decisão de apostar em si concretizando o seu potencial vai conduzi-lo, gradualmente, a novos patamares de realização em todas as áreas da vida onde vai colocar a sua atenção e energia.
A mulher e o homem da era global
O leitor pode ser, aqui e agora, uma dessas pessoas precursoras de um novo e estimulante tempo. Assumindo a responsabilidade de rever os seus objectivos quando necessário, de reavaliar valores, modos de funcionar, de não se deixar estagnar (que é andar para trás) de cuidar de si mesmo, de se estimar e de partilhar o seu conhecimento, tempo e solidariedade com os outros.
O direito de ser você mesmo, de dizer o que pensa, de ocupar o seu lugar na sociedade, de procurar novas e melhores oportunidades. Estas mulheres e estes homens vão percebendo também, que o seu percurso pessoal e profissional se cruza com os de muitos outros que, partilhando com ele os mesmos sonhos, dúvidas, inquietações, perguntas e desafios, sentem a necessidade de se agruparem.
Juntos, terão mais eficácia nos seus empreendimentos e, irmanados de um mesmo objectivo, poderão fazer a diferença nas suas sociedades. Estes grupos de cariz profissional, social, cultural, humanitário, etc. serão cada vez maiores e mais diversificados e serão grandes motores de evolução social, económica e espiritual.
Estes são os homens e mulheres da nova era global que sabem que estão a construir o futuro, numa caminhada que começa ou acelera a partir do momento em que começam a aceitar o desafio de se amarem cada vez melhor, expressando essa auto-estima através de uma nova valorização profissional, de um acreditar mais nas suas ideias, de arriscar novas decisões, de procurar a excelência na sua vida!
O homem e a mulher globais aprenderam que a mudança não é algo que desafortunadamente nos acontece, mas é a própria vida e esta percepção que nos transforma em vencedores, porque aprendemos a fluir com as circunstâncias.
Perceberam que tentar bloquear a mudança equivale a bloquear a vida, compreendem que resistir aos acontecimentos só reforça a sua força e a nossa ansiedade retirando-nos energia vital preciosa para pensarmos novas e mais libertadoras oportunidades para nós. Perceberam que o seu poder interior começa com uma auto-estima sólida.
Auto-estima é…
Auto-estima é uma maneira de pensar, sentir e viver a vida, em que nos sabemos merecedores de uma realização integral, merecedores de nos expressarmos, de dizer o que sentimos e o que precisamos. Em que sabemos que somos também responsáveis pelas nossas vidas e, por isso mesmo, aprendemos a passar de uma mentalidade vitimizadora, para uma forma vencedora de estar na vida.
Auto-estima é cuidar de nós, aprender a dizer não sem nos sentirmos culpados, por que já não precisamos da aprovação dos outros para saber que somos válidos e merecedores de atenção ou de respeito.
Acontece que é a ansiedade que tantas vezes nos impede de sermos assertivos, porque muitos de nós aprendemos na infância ou juventude a esperar dos outros o confronto e a não-aceitação; por isso se torna tão difícil mostrarmos quem somos com firmeza, mas serenidade ao mesmo tempo.
Aprendemos a dizer a nossa verdade em vez de nos refugiarmos num silêncio repressivo que só traz uma paz bolorenta e ilusória às nossas relações. As melhores relações são as que se desfrutam com quem nos sabe aceitar como somos e respeitar as nossas opiniões, sonhos e projectos de vida. E quando o fazemos, as nossas relações dão saltos qualitativos maravilhosos.
As suas crenças, aquilo que acredita sobre si mesmo, a sua capacidade e o seu potencial, têm poder de modelar as suas experiências de vida, as condições que vive quotidianamente.
As suas crenças conduzem a sua energia física e psíquica, toda a sua energia vital, para a manifestação daquilo que elas mesmas determinam. As pessoas com uma boa auto-estima envolvem-se nos seus projectos, dialogam com as suas ideias, dão-se o direito de sonhar, investem tempo a nutrir a sua paixão.
Permitem-se ser conduzidos pelo delicioso frenesim e pela inquietação positiva que sempre acompanha o nascimento de uma nova ideia, plano, objectivo. Estas pessoas aprendem que é mais importante dar um pequeno passo diário rumo aos seus objectivos, do que deixar-se absorver completamente com uma ideia só para depois a largar durante um longo período de tempo.
Auto-estima é deixar de adiar a vida. Adiar sistematicamente qualquer coisa é sinónimo de que uma parte de nós se rejeita e não aceita uma harmonia e prosperidade maiores.
Quando voltar a adiar aquele novo regime alimentar que o vai beneficiar tanto, aquele programa de exercícios que lhe trará mais saúde, o envio do seu curriculum apostando na mudança profissional, o contacto com aquele alguém especial com quem era tão importante que falasse, o passar mais tempo de qualidade e atenção com os seus filho... saiba que está a adiar a felicidade, está a semear desilusão, carência, está a roubar-se alegria e realização que são suas, por direito próprio, só porque existe.
A auto-estima produz confiança, esperança, iniciativa, encorajamento e progresso na sua vida. Autoestima é cultivar os seus sonhos dando um passo todos os dias para melhorar ao nível físico, emocional, mental e espiritual. É aprender a relaxar e a desfazer as tensões emocionais que se manifestam no corpo.
Auto-estima é aprender a equilibrar a actividade e o repouso, no seu quotidiano. Aprender a respirar bem, pois a respiração correcta contém muitos segredos de libertação física e emocional, de rejuvenescimento e de saúde. Auto-estima é aprender a recolhermo-nos alguns minutos diários para o nosso centro de força e de poder, a nossa essência.
Auto-estima é aprender a escutar o nosso corpo, pois ele tem muitas formas de se expressar, de dizer aquilo que é o melhor ou não, para o seu bemestar. Cuide da sua relação com o seu próprio corpo, como se fosse a relação com um grande amigo, que ele na verdade, é.
O seu corpo não o julga nem critica; ele escuta cada pensamento, palavra e acto seu e depois age de acordo com estes, servindo-o com a maior fidelidade. Conhece bem o seu corpo? Escuta e atende os sinais de desconforto, tensão ou dor? Sabe qual é a melhor nutrição para si, respeita os períodos de repouso e de actividade de que necessita, sabe relaxar?
Todas as dádivas da vida pareceriam tristemente insípidas se não desfrutasse de boa saúde e energia. Quanto maior vitalidade tem, mais pode fazer no mundo, mais amor pode partilhar, mais pessoas pode inspirar, mais sonhos pode nutrir.
O corpo, a parte mais material de si, não é um mero pedaço de matéria densa, composto por vários órgãos e sistemas. Ele é um complexo sistema energético que sustenta a pulsação sagrada da vida em si.
Estabeleça uma comunicação amorosa e íntima com o seu próprio corpo alimentada diariamente através de diálogos, massagem, relaxamento, meditação, exercício prazeroso e nutrição consciente.
A meditação vai ensiná-lo a estar presente dentro de si mesmo, a respiração correcta modificará até a sua postura e traz uma sensação de plenitude que harmoniza as suas emoções. O seu corpo é a parte visível, a tradução do conjunto da sua mente e reflecte os seus padrões de pensamento. Mudar um, é mudar o outro.
Aprenda a aceitar uma crítica construtiva. Veja nela uma oportunidade de trabalhar sobre si e alcançar a excelência em qualquer aspecto da sua vida. Auto-estima equivale a amor. Amor é trabalho diário sobre nós mesmos. Aprender com os nossos erros e os erros dos outros é um sinal de excelência.
Por outro lado, quando criticar alguém procure que a sua crítica seja oferecida como um presente para ser eficaz: lindamente embrulhada e decorada. Como se faz: "embrulhe" a crítica entre dois elogios". Seja sincero e verá como funciona! Um dos aspectos mais geradores de auto-estima, é a partilha.
Saber partilhar é o princípio da felicidade. Treine diariamente a partilha, seja de um sorriso, de uma palavra, de generosidade, de um ombro amigo, do seu tempo e energia, dos seus sucessos, da sua atenção, dos seus sonhos e das suas grandes questões sobre a vida.
Quando aprendemos a apoiarmo-nos a nós mesmos, é importante estendermos esse apoio aos outros. Há muitas formas de apoiar quem nos rodeia. Reconhecer genuinamente o positivo nos outros, sem outras intenções para além da expressão da verdade do nosso sentir, é um poderoso gerador de mudança e harmonia nos nossos relacionamentos.
Para construir uma auto-estima forte, habitue-se a reconhecer, validar e elogiar as pessoas. Nunca subestime o poder da genuína apreciação e de uma palavra encorajadora no momento certo. Qual é o momento certo? O seu coração sabe e dá-lhe indicações, quando o sentir a expandir-se, num impulso irresistível.
Aprenda a relacionar-se com os outros a partir do melhor em si. Esta é uma chave fundamental para atrair a si o melhor dos outros. Auto-estima é aprender a ver o melhor nos outros e em si mesmo. É ter sentido de humor, pois ele é mágico! Mas a magia só acontece quando decidimos viver mesmo essa libertação que é o rir de nós mesmos e o rir para nós próprios.
É cultivar o seu sentido de humor específico e particular; treinar a capacidade de rir de si mesmo. De contrário, acabamos por entrar numa batalha permanente com a vida. Se estiver numa fase da vida que requer mudança, use os recursos que tem - e esqueça os que perdeu - para reentrar na vida desenvolvendo uma nova confiança e uma expectativa positiva.
Lembre-se de que, sempre que uma mudança acontece, você tem novos recursos, mais conhecimento mais informação e experiência do que na mudança anterior. Use-os a seu favor! Recorda-se das últimas vezes em que se sentiu feliz e motivado? O que estava a fazer? O que é que faria agora se não tivesse medo?
Auto-estima é saber viver com entrega e atenção ao momento presente. O presente é isso mesmo: um presente, uma oferta de vida palpitante, uma oportunidade única de ser criador da sua própria vida! Comece agora mesmo um futuro esperançoso, positivo, cheio de realização. Você pode mudar as suas experiências de vida. Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos! "
Texto: Vera Faria Leal, formadora e professora de facilitadores do Método Louise Hay, em Portugal
http://mulher.sapo.pt/carreira-vida/psicologia/poder-interior-1111855-6.html
terça-feira, março 15, 2011
Hoje.........
"Hoje é um dia especial...
Todos os dias são especiais,
Mas o hoje é mais especial,
Pois você está presente nele
Para quê ficar quebrando a cabeça
Por motivos do passado e do futuro...
Faça desse Especial um espectáculo de emoções...
Não perca tempo
Faça de cada segundo que passa
Uma nova conquista
Não deixe que o tempo te alcance,
Não pare, esperando que magias revelem seus truques...
Não desperdice sua vida em pensamentos,
Pois a vida é um risco,
Onde arriscamos ficar ou não
Presos a indecisões e dúvidas...
Abrace a vida sem pensar...
Nas coisas que não precisam ser pensadas
Pois já estão claras...
Viva o Hoje, não pense mais no ontem
E nem no Amanhã, pois:
ONTEM é passado
AMANHÃ mistério
HOJE é uma dádiva, por isso chamada
“PRESENTE!""
Fonte : Internet
Todos os dias são especiais,
Mas o hoje é mais especial,
Pois você está presente nele
Para quê ficar quebrando a cabeça
Por motivos do passado e do futuro...
Faça desse Especial um espectáculo de emoções...
Não perca tempo
Faça de cada segundo que passa
Uma nova conquista
Não deixe que o tempo te alcance,
Não pare, esperando que magias revelem seus truques...
Não desperdice sua vida em pensamentos,
Pois a vida é um risco,
Onde arriscamos ficar ou não
Presos a indecisões e dúvidas...
Abrace a vida sem pensar...
Nas coisas que não precisam ser pensadas
Pois já estão claras...
Viva o Hoje, não pense mais no ontem
E nem no Amanhã, pois:
ONTEM é passado
AMANHÃ mistério
HOJE é uma dádiva, por isso chamada
“PRESENTE!""
Fonte : Internet
quarta-feira, março 09, 2011
Os Biscoitos.........
"Certo dia uma jovem estava à espera do seu voo na sala de embarque de um aeroporto.
Como deveria esperar por muitas horas resolveu comprar um livro para matar o tempo.
Também comprou um pacote de biscoitos.
Encontrou um lugar para se sentar numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz.
Ao lado dela sentou-se um homem.
Quando ela tirou o primeiro biscoito, o homem também tirou um.
Ela sentiu-se indignada, mas não disse nada.
Ela pensou para si: Mas que descaramento.
A cada biscoito que ela tirava, o homem também tirava um.
Estava tão indignada que nem conseguia reagir.
Restava apenas um biscoito e ela pensou: O que será que este "abusador" vai fazer agora?
O homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para
ela.
Aquilo deixou-a irada e bufando de raiva.
Ela pegou no seu livro e nas suas coisas e dirigiu-se ao embarque.
Quando se sentou confortavelmente no seu assento, para surpresa dela o seu pacote de biscoito estava ainda intacto dentro de sua bolsa.
Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela e já não
havia tempo para pedir desculpas.
O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, enquanto que
ela tinha ficado muito transtornada."
Autor desconhecido
Como deveria esperar por muitas horas resolveu comprar um livro para matar o tempo.
Também comprou um pacote de biscoitos.
Encontrou um lugar para se sentar numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz.
Ao lado dela sentou-se um homem.
Quando ela tirou o primeiro biscoito, o homem também tirou um.
Ela sentiu-se indignada, mas não disse nada.
Ela pensou para si: Mas que descaramento.
A cada biscoito que ela tirava, o homem também tirava um.
Estava tão indignada que nem conseguia reagir.
Restava apenas um biscoito e ela pensou: O que será que este "abusador" vai fazer agora?
O homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para
ela.
Aquilo deixou-a irada e bufando de raiva.
Ela pegou no seu livro e nas suas coisas e dirigiu-se ao embarque.
Quando se sentou confortavelmente no seu assento, para surpresa dela o seu pacote de biscoito estava ainda intacto dentro de sua bolsa.
Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela e já não
havia tempo para pedir desculpas.
O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, enquanto que
ela tinha ficado muito transtornada."
Autor desconhecido
sexta-feira, março 04, 2011
A Morte Devagar
"Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.
Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.
Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar."
Martha Medeiros
Martha Medeiros
Mestre.......
"Mestre, meu mestre querido!
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstracta e visual até aos ossos,
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjetiva...
Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escravo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!
Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjectivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu, por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas por que é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter a alma com que a ver clara?
Por que é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Por que é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Por que é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?
Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!
Feliz o homem marçano
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir."
Álvaro de Campos
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstracta e visual até aos ossos,
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjetiva...
Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escravo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!
Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjectivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu, por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas por que é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter a alma com que a ver clara?
Por que é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Por que é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Por que é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?
Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!
Feliz o homem marçano
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir."
Álvaro de Campos
quinta-feira, março 03, 2011
Dedicatoria aos amigos
"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angustia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
Seja pelo destino ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar
a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-ermos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angustia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
Seja pelo destino ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar
a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-ermos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
quarta-feira, março 02, 2011
Dizes-me...
"Dizes-me: tu és mais alguma cousa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm ideias sobre o mundo?
Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.
Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.
Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.
Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.
Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,
Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".
E não digo mais nada. Que mais há a dizer?"
Alberto Caeiro,
in "Poemas Inconjuntos"
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm ideias sobre o mundo?
Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.
Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.
Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.
Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.
Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,
Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".
E não digo mais nada. Que mais há a dizer?"
Alberto Caeiro,
in "Poemas Inconjuntos"
terça-feira, março 01, 2011
Prisão Interior
"Um dos assuntos principais que todos nós devemos estudar: O Ego e as Sombras. Se todo mundo percebesse o quanto isto é importante, nem precisaríamos de religiões , mestres etc...
O texto selecionado que recebi por e-mail, é excelente, serve tanto quanto para quem gosta de ficar dando pitacos sobre o assunto, quanto para quem acha que sabe tudo e nao a nada mais a explorar e ainda para aqueles que acreditam que nada sabem mas querem muito mesmo, aprender.
Quem sou realmente? Essa é uma velha pergunta.
Aquela que as igrejas costumam afirmar ter a resposta.
Colocam a divindade a qual cultuam no centro e respondem que somos simples criaturas.
Olhamos para esse todo despersonalizado,l igado ao que podemos chamar de sociedade, ou um "Eu" coletivo, que se curva perante a moral, a ética, a estética, aos costumes coletivos.
Todos seguindo um rumo geral, lutando para se integrarem e tomarem uma posição de destaque nesse mundo que nos foi legado. E que passaremos a frente, via a sempre sagrada família, para nossos descendentes.
Mas...Quem sou realmente no meio disso?
Não existe resposta nesse esquema que nos é imposto.
Não há como saber quem se é pela vida que levamos.
Não há como saber quem se é aceitando essa vida que nos leva a um freqüente desequilíbrio.
Quem sou realmente?
Não é fácil saber. A resposta é individual. Precisa ser buscada individualmente.
Lá no nosso íntimo.
Em figuras que encontramos apenas em movimentos místicos, em religiões e cultos exóticos, em um mundo que é qualificado como escapismo, ou fuga de responsabilidades, como um ideal inatingível, como um mito tóxico.
Quem sou realmente?
Essa questão está cifrada em textos confusos, em filosofias orientais,nas palavras de gurus, de mestres de coisas estranhas, escritas deformas complicadas, quase indecifráveis, de uma forma que é sempre difícil de compreender.
E o que devo fazer para encontrar a resposta de quem sou realmente?
Existe algum roteiro?
Alguma fórmula?
Algum curso?
Seminário?
Quem sou não é quem o outro é.
Não há como descobrir a si mesmo,apenas olhando o caminho daqueles que encontraram o próprio.
Temos apenas linhas gerais do que conseguiram.
A narrativa de um estado.
O estado que conquistaram ao encontrarem o caminho.
O princípio inicial é aquele em que deixamos de viver apenas para o mundo.
Existe uma necessidade espiritual para uma busca.
Uma busca que parece sem sentido.
Entramos na busca sem saber onde iremos chegar.
Até o momento em que a pergunta surge:
Quem sou realmente?
Andando por esse mundo complexo, de procura de si mesmo, vemos que as respostas dadas são insuficientes.
Cada um passa por processos individuais, na busca e na procura por quem realmente se é.
Perder-se nesses domínios é fácil.
Dar voltas e não chegar a local nenhum,também.
Como encontrar a si mesmo?
Apenas dentro de si mesmo.
Estudar ajuda.
Conhecer o que dizem as diversas escolas, também.
Falar com quem superou esse processo, igualmente.
Pode ser essencial ou não,dependendo de cada um.
Pois somos únicos.
Temos figuras separadas, sempre mal compreendidas, interessantes de serem percebidas em sua integridade.
Existe o Self, ou Si Mesmo, o Eu Superior, o Segredo, nosso conteúdo"divino".
O Eu, ou o Poder, a Criança Divina e Solar.
O Ego, Senhor das Máscaras e da Persona.
E a Mente.
É assim que viemos ao mundo.
Quem sou realmente?
Jung dizia que o primeiro passo é a dissolução da Persona.
Daí começao processo de encontro do Si Mesmo.
Abandona-se o coletivo, tudo quenão é nosso vem para a adequação ao mundo e a sociedade.
O Ego impede a manifestação do Si Mesmo.
Confunde-se achando que é tudo que existe dentro de nós.
Crê ser real.
Necessita de atenção para manifestar-se.
Atenção tanto exterior, quanto interior.
Coloca-se no centro dos caminhos internos.
Atrapalha o correto funcionamento da mente.
Entope nossas vias com pensamentos inúteis e repetitivos.
Perde-se no eterno diálogo interior.
Necessita interagir com as pessoas.
Não compreende o silêncio, a si mesmo, ou o que existe fora.
Não consegue compreender os outros, por não saber quem exatamente é.
Olha para tudo como se fosse uma expressão de si.
Onde vê, tudo espelha.
É incapaz de ver o outro como esse o é, pois não consegue perceber nada a não ser a si mesmo.
Não percebe o mundo, a mentira da sociedade, os jogos de poder,a necessidade de ser para os outros.
A grande falácia do mundo é construída por ser dominado por aqueles que não dominam a si mesmos.
O ego e todas as personalidades existentes dentro de nós criam um estado de confusão eterna.
Um estado de necessidade eterna de expressão, de dramas, de carências, de instabilidades infindas.
Todos são apenas projeções.
São aquilo que mundo o dos egos projeta.
Como tudo que projetam na sociedade, que crêem ser, que lutam para construir.
Constroem sempre em nome de algo.
Mas esse algo nada mais é do que a própria confusão interna, o mundo sem controle do ego.
Aquele vazio estranho, que gera angustia, depressões,medos, inseguranças.
O mundo complexo e infantil egóico.
Complexidade essa que é apenas aparente.
O ego não foi feito para comandar.
É apenas parte e não o todo.
E uma parte pequena, apenas uma ferramenta.
Quando o ego se torna o controlador, impõe um reino tirânico que não se mantém.
Uma negação do Eu real.
Ao mesmo tempo, uma caricatura desse mesmo Eu.
Finge ser quem é, em nome de controle.
Mas não é realmente.
Quando as posturas do ego, normalmente falsas e errôneas,são postas sob pressão, ou questionadas de forma cortante, esse simplesmente reage de forma descontrolada, com o intuito de se preservar.
Assim, o ego manipula qualquer forma de auto-conhecimento real.
Distorce, absorve, imita, tenta ser.
Não o consegue realmente.
Cria personalidades de cristal, belas e quebradiças.
Inexistentes realmente.
Impossíveis de se sustentar, quando o golpe é preciso.
O ego não resiste a análise.
O ego demanda toda a atenção.
Gosta de ser analisado.
Gosta de saber sobre ele.
Molda-se para ser aquilo que dizem que ele possa ser.
Imita e mimetiza.
Faz de conta.
Diz que vai melhorar.
Diz que vai colaborar.
Até o tenta.
O ego sempre quer evoluir, melhorar, conhecer mais.
Tudo em nome de se
manter no controle..
Controle que foi cedido.
Mas pode não ser eterno.
Quem sou realmente?
Não, não sou essa imagem refletida no espelho.
Não sou aquilo que sempre julguei ser.
Não sou isso que estou vendo.
Lá no fundo dos meus olhos, vejo outra pessoa.
Uma pessoa que por vezes aparece em algumas fotos.
Pode ser que admire essa pessoa, pode ser que a tema.
Não consigo ser indiferente a ela.
Em algum local, existe um outro Eu.
Em algum local perdido dentro de mim.
Quando aparece essa reflexão, o ego reage.
Volta-se contra si.
Teme perder o controle, faz tudo para se manter dominando.
A parte controla o todo.
É a luta do Si Mesmo.
O real dentro de si, aquele que é bestial e instintivo, contra aquele que se diz humano, cheio de valores.
E os valores começam a ser quebrados.
A moral torna-se um fardo, uma ilusão, algo irreal, criado por irreais.
Coletiva, inexistente, uma forma de controle.
Algo que o controlador usa para se manter no poder.
Moral que cria leis, que rege a sociedade dos vencidos pela parte, vivendo em nome de mentiras, surrealidades, ilusões.
O mundo de ilusões do ego.
O mundo irreal coletivo.
A prisão real.
Conhecer a si mesmo, é manifestar a si mesmo.
È conviver consigo mesmo.
Não existe fórmula lógica.
Não existe explicação.
É ser.
Apenas e tão somente.
Quem se é, não se expressa.
Apenas se é."
autor desconhecido
Reflexões Sobre a Mulher.........
Reflexões Sobre a Mulher
"Elas são as mães:
rompem do inferno, furam a treva,
arrastando
os seus mantos na poeira das estrelas.
Animais sonâmbulos,
dormem nos rios, na raiz do pão.
Na vulva sombria
é onde fazem o lume:
ali têm casa.
Em segredo, escondem
o latir lancinante dos seus cães.
Nos olhos, o relâmpago
negro do frio.
Longamente bebem
o silencio
nas próprias mãos.
O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.
Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.
Despem-se ao espelho
para entrarem
nas águas da sombra.
É quando dançam que todos os caminhos
levam ao mar.
São elas que fabricam o mel,
o aroma do luar,
o branco da rosa.
Quando o galo canta
Desprendem-se
para serem orvalho."
Eugénio de Andrade
"Elas são as mães:
rompem do inferno, furam a treva,
arrastando
os seus mantos na poeira das estrelas.
Animais sonâmbulos,
dormem nos rios, na raiz do pão.
Na vulva sombria
é onde fazem o lume:
ali têm casa.
Em segredo, escondem
o latir lancinante dos seus cães.
Nos olhos, o relâmpago
negro do frio.
Longamente bebem
o silencio
nas próprias mãos.
O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.
Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.
Despem-se ao espelho
para entrarem
nas águas da sombra.
É quando dançam que todos os caminhos
levam ao mar.
São elas que fabricam o mel,
o aroma do luar,
o branco da rosa.
Quando o galo canta
Desprendem-se
para serem orvalho."
Eugénio de Andrade
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