Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos!
"Muito se fala hoje sobre sermos criadores da nossa vida, que o destino está nas nossas mãos, que querer é poder, mas como é que estes conceitos se aplicam na prática?
Tudo começa com a pessoa, com a sua capacidade de acreditar em si mesma, de se valorizar e de se dispor a trabalhar pelos seus objectivos e sonhos. De se assumir como um ser integral que precisa de se cuidar na mente, no corpo e na alma, sabendo que só poderá atingir resultados duradoiros se trabalhar na vida com base neste equilíbrio.
São conhecidos e inúmeros os casos de pessoas que, contra todas as probabilidades iniciais, conquistaram grandes sucessos pessoais e profissionais com um sonho, alguma inspiração e muita dedicação. Pessoas que na vida, realizaram muito para além dos seus sonhos mais ousados. Você pode ser uma pessoa assim.
Todos estamos, à partida, programados para dar e receber o melhor da vida - o melhor com a consciência e o conhecimento que temos – mas nem todos estamos conscientes disto, nem o aproveitamos a nosso favor pois não acreditamos no nosso poder interior.
A verdade
O verdadeiro poder interior, por definição, não depende de factores externos tais como posses, família, títulos, etc. É interior, pessoal e deriva de um somatório de comportamentos baseados numa auto-imagem saudável, em crenças que estimulam a pessoa a aceitar-se como é e a superar-se, ao mesmo tempo.
Na base deste poder interior, que tantos frutos nos dá, como a autenticidade, a criatividade, a autonomia, a paz interior, a capacidade de concretização dos nossos projectos, o prazer de sermos quem somos e de nos partilharmos com os outros - está a auto-estima.
Auto-estima no terceiro milénio
Auto-estima é um conceito que atribuo às experiências vividas pela humanidade durante o séc. XX, embora o amor-próprio tenha sido expresso de muitas formas ao longo da história do homem. As sociedades humanas estão, como se sabe, em acelerada mudança.
Nos países mais desenvolvidos do ocidente, uma importante mudança começou há cerca de 20 anos, cujo alcance vai transformar muito significativamente a vivência das próximas décadas. O Estado providência está a chegar a limites que exigirão novas soluções de fundo, demandarão dos nossos líderes nacionais, em todas as áreas, uma profunda e inspirada visão para o futuro. O estado não poderá substituir-se massivamente ao contributo indispensável dos indivíduos, através da sua iniciativa, criatividade e responsabilidade pessoais.
Convidamo-vos a pensar sobre a mudança perspectivando agora a sua vida para os próximos dez anos num exercício tranquilo, dando-se o direito de abarcar o máximo de possibilidades de que se lembrar. O que se vê a fazer, qual o cenário que o cerca, quais as prioridades. Dê-se tempo para reflectir.
Paradigma social
O séc. XX e sobretudo as duas últimas décadas têm marcado a emergência de novos paradigmas sociais, dos quais menciono um muito importante: o facto de que a realização dos indivíduos dependerá cada vez mais deles mesmos do que da segurança fornecida pelo Estado, em qualquer nível.
Isto não significa desprotecção, insegurança ou caos sociais, mas sim mudança e reestruturação em que todos têm que estar envolvidos. Significa que os tempos nos estão a convidar a manifestar a era dum indivíduo que, esclarecido e consciente, vai alicerçando cada vez mais a sua segurança de vida nas suas próprias capacidades criativas e de condução da sua vida.
Na sua capacidade de aprender a crescer com a mudança, aprende a pensar novas alternativas e assim vai encontrando novas soluções para os seus problemas. Torna-se cada vez mais autónomo e empreendedor e a sua decisão de apostar em si concretizando o seu potencial vai conduzi-lo, gradualmente, a novos patamares de realização em todas as áreas da vida onde vai colocar a sua atenção e energia.
A mulher e o homem da era global
O leitor pode ser, aqui e agora, uma dessas pessoas precursoras de um novo e estimulante tempo. Assumindo a responsabilidade de rever os seus objectivos quando necessário, de reavaliar valores, modos de funcionar, de não se deixar estagnar (que é andar para trás) de cuidar de si mesmo, de se estimar e de partilhar o seu conhecimento, tempo e solidariedade com os outros.
O direito de ser você mesmo, de dizer o que pensa, de ocupar o seu lugar na sociedade, de procurar novas e melhores oportunidades. Estas mulheres e estes homens vão percebendo também, que o seu percurso pessoal e profissional se cruza com os de muitos outros que, partilhando com ele os mesmos sonhos, dúvidas, inquietações, perguntas e desafios, sentem a necessidade de se agruparem.
Juntos, terão mais eficácia nos seus empreendimentos e, irmanados de um mesmo objectivo, poderão fazer a diferença nas suas sociedades. Estes grupos de cariz profissional, social, cultural, humanitário, etc. serão cada vez maiores e mais diversificados e serão grandes motores de evolução social, económica e espiritual.
Estes são os homens e mulheres da nova era global que sabem que estão a construir o futuro, numa caminhada que começa ou acelera a partir do momento em que começam a aceitar o desafio de se amarem cada vez melhor, expressando essa auto-estima através de uma nova valorização profissional, de um acreditar mais nas suas ideias, de arriscar novas decisões, de procurar a excelência na sua vida!
O homem e a mulher globais aprenderam que a mudança não é algo que desafortunadamente nos acontece, mas é a própria vida e esta percepção que nos transforma em vencedores, porque aprendemos a fluir com as circunstâncias.
Perceberam que tentar bloquear a mudança equivale a bloquear a vida, compreendem que resistir aos acontecimentos só reforça a sua força e a nossa ansiedade retirando-nos energia vital preciosa para pensarmos novas e mais libertadoras oportunidades para nós. Perceberam que o seu poder interior começa com uma auto-estima sólida.
Auto-estima é…
Auto-estima é uma maneira de pensar, sentir e viver a vida, em que nos sabemos merecedores de uma realização integral, merecedores de nos expressarmos, de dizer o que sentimos e o que precisamos. Em que sabemos que somos também responsáveis pelas nossas vidas e, por isso mesmo, aprendemos a passar de uma mentalidade vitimizadora, para uma forma vencedora de estar na vida.
Auto-estima é cuidar de nós, aprender a dizer não sem nos sentirmos culpados, por que já não precisamos da aprovação dos outros para saber que somos válidos e merecedores de atenção ou de respeito.
Acontece que é a ansiedade que tantas vezes nos impede de sermos assertivos, porque muitos de nós aprendemos na infância ou juventude a esperar dos outros o confronto e a não-aceitação; por isso se torna tão difícil mostrarmos quem somos com firmeza, mas serenidade ao mesmo tempo.
Aprendemos a dizer a nossa verdade em vez de nos refugiarmos num silêncio repressivo que só traz uma paz bolorenta e ilusória às nossas relações. As melhores relações são as que se desfrutam com quem nos sabe aceitar como somos e respeitar as nossas opiniões, sonhos e projectos de vida. E quando o fazemos, as nossas relações dão saltos qualitativos maravilhosos.
As suas crenças, aquilo que acredita sobre si mesmo, a sua capacidade e o seu potencial, têm poder de modelar as suas experiências de vida, as condições que vive quotidianamente.
As suas crenças conduzem a sua energia física e psíquica, toda a sua energia vital, para a manifestação daquilo que elas mesmas determinam. As pessoas com uma boa auto-estima envolvem-se nos seus projectos, dialogam com as suas ideias, dão-se o direito de sonhar, investem tempo a nutrir a sua paixão.
Permitem-se ser conduzidos pelo delicioso frenesim e pela inquietação positiva que sempre acompanha o nascimento de uma nova ideia, plano, objectivo. Estas pessoas aprendem que é mais importante dar um pequeno passo diário rumo aos seus objectivos, do que deixar-se absorver completamente com uma ideia só para depois a largar durante um longo período de tempo.
Auto-estima é deixar de adiar a vida. Adiar sistematicamente qualquer coisa é sinónimo de que uma parte de nós se rejeita e não aceita uma harmonia e prosperidade maiores.
Quando voltar a adiar aquele novo regime alimentar que o vai beneficiar tanto, aquele programa de exercícios que lhe trará mais saúde, o envio do seu curriculum apostando na mudança profissional, o contacto com aquele alguém especial com quem era tão importante que falasse, o passar mais tempo de qualidade e atenção com os seus filho... saiba que está a adiar a felicidade, está a semear desilusão, carência, está a roubar-se alegria e realização que são suas, por direito próprio, só porque existe.
A auto-estima produz confiança, esperança, iniciativa, encorajamento e progresso na sua vida. Autoestima é cultivar os seus sonhos dando um passo todos os dias para melhorar ao nível físico, emocional, mental e espiritual. É aprender a relaxar e a desfazer as tensões emocionais que se manifestam no corpo.
Auto-estima é aprender a equilibrar a actividade e o repouso, no seu quotidiano. Aprender a respirar bem, pois a respiração correcta contém muitos segredos de libertação física e emocional, de rejuvenescimento e de saúde. Auto-estima é aprender a recolhermo-nos alguns minutos diários para o nosso centro de força e de poder, a nossa essência.
Auto-estima é aprender a escutar o nosso corpo, pois ele tem muitas formas de se expressar, de dizer aquilo que é o melhor ou não, para o seu bemestar. Cuide da sua relação com o seu próprio corpo, como se fosse a relação com um grande amigo, que ele na verdade, é.
O seu corpo não o julga nem critica; ele escuta cada pensamento, palavra e acto seu e depois age de acordo com estes, servindo-o com a maior fidelidade. Conhece bem o seu corpo? Escuta e atende os sinais de desconforto, tensão ou dor? Sabe qual é a melhor nutrição para si, respeita os períodos de repouso e de actividade de que necessita, sabe relaxar?
Todas as dádivas da vida pareceriam tristemente insípidas se não desfrutasse de boa saúde e energia. Quanto maior vitalidade tem, mais pode fazer no mundo, mais amor pode partilhar, mais pessoas pode inspirar, mais sonhos pode nutrir.
O corpo, a parte mais material de si, não é um mero pedaço de matéria densa, composto por vários órgãos e sistemas. Ele é um complexo sistema energético que sustenta a pulsação sagrada da vida em si.
Estabeleça uma comunicação amorosa e íntima com o seu próprio corpo alimentada diariamente através de diálogos, massagem, relaxamento, meditação, exercício prazeroso e nutrição consciente.
A meditação vai ensiná-lo a estar presente dentro de si mesmo, a respiração correcta modificará até a sua postura e traz uma sensação de plenitude que harmoniza as suas emoções. O seu corpo é a parte visível, a tradução do conjunto da sua mente e reflecte os seus padrões de pensamento. Mudar um, é mudar o outro.
Aprenda a aceitar uma crítica construtiva. Veja nela uma oportunidade de trabalhar sobre si e alcançar a excelência em qualquer aspecto da sua vida. Auto-estima equivale a amor. Amor é trabalho diário sobre nós mesmos. Aprender com os nossos erros e os erros dos outros é um sinal de excelência.
Por outro lado, quando criticar alguém procure que a sua crítica seja oferecida como um presente para ser eficaz: lindamente embrulhada e decorada. Como se faz: "embrulhe" a crítica entre dois elogios". Seja sincero e verá como funciona! Um dos aspectos mais geradores de auto-estima, é a partilha.
Saber partilhar é o princípio da felicidade. Treine diariamente a partilha, seja de um sorriso, de uma palavra, de generosidade, de um ombro amigo, do seu tempo e energia, dos seus sucessos, da sua atenção, dos seus sonhos e das suas grandes questões sobre a vida.
Quando aprendemos a apoiarmo-nos a nós mesmos, é importante estendermos esse apoio aos outros. Há muitas formas de apoiar quem nos rodeia. Reconhecer genuinamente o positivo nos outros, sem outras intenções para além da expressão da verdade do nosso sentir, é um poderoso gerador de mudança e harmonia nos nossos relacionamentos.
Para construir uma auto-estima forte, habitue-se a reconhecer, validar e elogiar as pessoas. Nunca subestime o poder da genuína apreciação e de uma palavra encorajadora no momento certo. Qual é o momento certo? O seu coração sabe e dá-lhe indicações, quando o sentir a expandir-se, num impulso irresistível.
Aprenda a relacionar-se com os outros a partir do melhor em si. Esta é uma chave fundamental para atrair a si o melhor dos outros. Auto-estima é aprender a ver o melhor nos outros e em si mesmo. É ter sentido de humor, pois ele é mágico! Mas a magia só acontece quando decidimos viver mesmo essa libertação que é o rir de nós mesmos e o rir para nós próprios.
É cultivar o seu sentido de humor específico e particular; treinar a capacidade de rir de si mesmo. De contrário, acabamos por entrar numa batalha permanente com a vida. Se estiver numa fase da vida que requer mudança, use os recursos que tem - e esqueça os que perdeu - para reentrar na vida desenvolvendo uma nova confiança e uma expectativa positiva.
Lembre-se de que, sempre que uma mudança acontece, você tem novos recursos, mais conhecimento mais informação e experiência do que na mudança anterior. Use-os a seu favor! Recorda-se das últimas vezes em que se sentiu feliz e motivado? O que estava a fazer? O que é que faria agora se não tivesse medo?
Auto-estima é saber viver com entrega e atenção ao momento presente. O presente é isso mesmo: um presente, uma oferta de vida palpitante, uma oportunidade única de ser criador da sua própria vida! Comece agora mesmo um futuro esperançoso, positivo, cheio de realização. Você pode mudar as suas experiências de vida. Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos! "
Texto: Vera Faria Leal, formadora e professora de facilitadores do Método Louise Hay, em Portugal
http://mulher.sapo.pt/carreira-vida/psicologia/poder-interior-1111855-6.html
"Muito se fala hoje sobre sermos criadores da nossa vida, que o destino está nas nossas mãos, que querer é poder, mas como é que estes conceitos se aplicam na prática?
Tudo começa com a pessoa, com a sua capacidade de acreditar em si mesma, de se valorizar e de se dispor a trabalhar pelos seus objectivos e sonhos. De se assumir como um ser integral que precisa de se cuidar na mente, no corpo e na alma, sabendo que só poderá atingir resultados duradoiros se trabalhar na vida com base neste equilíbrio.
São conhecidos e inúmeros os casos de pessoas que, contra todas as probabilidades iniciais, conquistaram grandes sucessos pessoais e profissionais com um sonho, alguma inspiração e muita dedicação. Pessoas que na vida, realizaram muito para além dos seus sonhos mais ousados. Você pode ser uma pessoa assim.
Todos estamos, à partida, programados para dar e receber o melhor da vida - o melhor com a consciência e o conhecimento que temos – mas nem todos estamos conscientes disto, nem o aproveitamos a nosso favor pois não acreditamos no nosso poder interior.
A verdade
O verdadeiro poder interior, por definição, não depende de factores externos tais como posses, família, títulos, etc. É interior, pessoal e deriva de um somatório de comportamentos baseados numa auto-imagem saudável, em crenças que estimulam a pessoa a aceitar-se como é e a superar-se, ao mesmo tempo.
Na base deste poder interior, que tantos frutos nos dá, como a autenticidade, a criatividade, a autonomia, a paz interior, a capacidade de concretização dos nossos projectos, o prazer de sermos quem somos e de nos partilharmos com os outros - está a auto-estima.
Auto-estima no terceiro milénio
Auto-estima é um conceito que atribuo às experiências vividas pela humanidade durante o séc. XX, embora o amor-próprio tenha sido expresso de muitas formas ao longo da história do homem. As sociedades humanas estão, como se sabe, em acelerada mudança.
Nos países mais desenvolvidos do ocidente, uma importante mudança começou há cerca de 20 anos, cujo alcance vai transformar muito significativamente a vivência das próximas décadas. O Estado providência está a chegar a limites que exigirão novas soluções de fundo, demandarão dos nossos líderes nacionais, em todas as áreas, uma profunda e inspirada visão para o futuro. O estado não poderá substituir-se massivamente ao contributo indispensável dos indivíduos, através da sua iniciativa, criatividade e responsabilidade pessoais.
Convidamo-vos a pensar sobre a mudança perspectivando agora a sua vida para os próximos dez anos num exercício tranquilo, dando-se o direito de abarcar o máximo de possibilidades de que se lembrar. O que se vê a fazer, qual o cenário que o cerca, quais as prioridades. Dê-se tempo para reflectir.
Paradigma social
O séc. XX e sobretudo as duas últimas décadas têm marcado a emergência de novos paradigmas sociais, dos quais menciono um muito importante: o facto de que a realização dos indivíduos dependerá cada vez mais deles mesmos do que da segurança fornecida pelo Estado, em qualquer nível.
Isto não significa desprotecção, insegurança ou caos sociais, mas sim mudança e reestruturação em que todos têm que estar envolvidos. Significa que os tempos nos estão a convidar a manifestar a era dum indivíduo que, esclarecido e consciente, vai alicerçando cada vez mais a sua segurança de vida nas suas próprias capacidades criativas e de condução da sua vida.
Na sua capacidade de aprender a crescer com a mudança, aprende a pensar novas alternativas e assim vai encontrando novas soluções para os seus problemas. Torna-se cada vez mais autónomo e empreendedor e a sua decisão de apostar em si concretizando o seu potencial vai conduzi-lo, gradualmente, a novos patamares de realização em todas as áreas da vida onde vai colocar a sua atenção e energia.
A mulher e o homem da era global
O leitor pode ser, aqui e agora, uma dessas pessoas precursoras de um novo e estimulante tempo. Assumindo a responsabilidade de rever os seus objectivos quando necessário, de reavaliar valores, modos de funcionar, de não se deixar estagnar (que é andar para trás) de cuidar de si mesmo, de se estimar e de partilhar o seu conhecimento, tempo e solidariedade com os outros.
O direito de ser você mesmo, de dizer o que pensa, de ocupar o seu lugar na sociedade, de procurar novas e melhores oportunidades. Estas mulheres e estes homens vão percebendo também, que o seu percurso pessoal e profissional se cruza com os de muitos outros que, partilhando com ele os mesmos sonhos, dúvidas, inquietações, perguntas e desafios, sentem a necessidade de se agruparem.
Juntos, terão mais eficácia nos seus empreendimentos e, irmanados de um mesmo objectivo, poderão fazer a diferença nas suas sociedades. Estes grupos de cariz profissional, social, cultural, humanitário, etc. serão cada vez maiores e mais diversificados e serão grandes motores de evolução social, económica e espiritual.
Estes são os homens e mulheres da nova era global que sabem que estão a construir o futuro, numa caminhada que começa ou acelera a partir do momento em que começam a aceitar o desafio de se amarem cada vez melhor, expressando essa auto-estima através de uma nova valorização profissional, de um acreditar mais nas suas ideias, de arriscar novas decisões, de procurar a excelência na sua vida!
O homem e a mulher globais aprenderam que a mudança não é algo que desafortunadamente nos acontece, mas é a própria vida e esta percepção que nos transforma em vencedores, porque aprendemos a fluir com as circunstâncias.
Perceberam que tentar bloquear a mudança equivale a bloquear a vida, compreendem que resistir aos acontecimentos só reforça a sua força e a nossa ansiedade retirando-nos energia vital preciosa para pensarmos novas e mais libertadoras oportunidades para nós. Perceberam que o seu poder interior começa com uma auto-estima sólida.
Auto-estima é…
Auto-estima é uma maneira de pensar, sentir e viver a vida, em que nos sabemos merecedores de uma realização integral, merecedores de nos expressarmos, de dizer o que sentimos e o que precisamos. Em que sabemos que somos também responsáveis pelas nossas vidas e, por isso mesmo, aprendemos a passar de uma mentalidade vitimizadora, para uma forma vencedora de estar na vida.
Auto-estima é cuidar de nós, aprender a dizer não sem nos sentirmos culpados, por que já não precisamos da aprovação dos outros para saber que somos válidos e merecedores de atenção ou de respeito.
Acontece que é a ansiedade que tantas vezes nos impede de sermos assertivos, porque muitos de nós aprendemos na infância ou juventude a esperar dos outros o confronto e a não-aceitação; por isso se torna tão difícil mostrarmos quem somos com firmeza, mas serenidade ao mesmo tempo.
Aprendemos a dizer a nossa verdade em vez de nos refugiarmos num silêncio repressivo que só traz uma paz bolorenta e ilusória às nossas relações. As melhores relações são as que se desfrutam com quem nos sabe aceitar como somos e respeitar as nossas opiniões, sonhos e projectos de vida. E quando o fazemos, as nossas relações dão saltos qualitativos maravilhosos.
As suas crenças, aquilo que acredita sobre si mesmo, a sua capacidade e o seu potencial, têm poder de modelar as suas experiências de vida, as condições que vive quotidianamente.
As suas crenças conduzem a sua energia física e psíquica, toda a sua energia vital, para a manifestação daquilo que elas mesmas determinam. As pessoas com uma boa auto-estima envolvem-se nos seus projectos, dialogam com as suas ideias, dão-se o direito de sonhar, investem tempo a nutrir a sua paixão.
Permitem-se ser conduzidos pelo delicioso frenesim e pela inquietação positiva que sempre acompanha o nascimento de uma nova ideia, plano, objectivo. Estas pessoas aprendem que é mais importante dar um pequeno passo diário rumo aos seus objectivos, do que deixar-se absorver completamente com uma ideia só para depois a largar durante um longo período de tempo.
Auto-estima é deixar de adiar a vida. Adiar sistematicamente qualquer coisa é sinónimo de que uma parte de nós se rejeita e não aceita uma harmonia e prosperidade maiores.
Quando voltar a adiar aquele novo regime alimentar que o vai beneficiar tanto, aquele programa de exercícios que lhe trará mais saúde, o envio do seu curriculum apostando na mudança profissional, o contacto com aquele alguém especial com quem era tão importante que falasse, o passar mais tempo de qualidade e atenção com os seus filho... saiba que está a adiar a felicidade, está a semear desilusão, carência, está a roubar-se alegria e realização que são suas, por direito próprio, só porque existe.
A auto-estima produz confiança, esperança, iniciativa, encorajamento e progresso na sua vida. Autoestima é cultivar os seus sonhos dando um passo todos os dias para melhorar ao nível físico, emocional, mental e espiritual. É aprender a relaxar e a desfazer as tensões emocionais que se manifestam no corpo.
Auto-estima é aprender a equilibrar a actividade e o repouso, no seu quotidiano. Aprender a respirar bem, pois a respiração correcta contém muitos segredos de libertação física e emocional, de rejuvenescimento e de saúde. Auto-estima é aprender a recolhermo-nos alguns minutos diários para o nosso centro de força e de poder, a nossa essência.
Auto-estima é aprender a escutar o nosso corpo, pois ele tem muitas formas de se expressar, de dizer aquilo que é o melhor ou não, para o seu bemestar. Cuide da sua relação com o seu próprio corpo, como se fosse a relação com um grande amigo, que ele na verdade, é.
O seu corpo não o julga nem critica; ele escuta cada pensamento, palavra e acto seu e depois age de acordo com estes, servindo-o com a maior fidelidade. Conhece bem o seu corpo? Escuta e atende os sinais de desconforto, tensão ou dor? Sabe qual é a melhor nutrição para si, respeita os períodos de repouso e de actividade de que necessita, sabe relaxar?
Todas as dádivas da vida pareceriam tristemente insípidas se não desfrutasse de boa saúde e energia. Quanto maior vitalidade tem, mais pode fazer no mundo, mais amor pode partilhar, mais pessoas pode inspirar, mais sonhos pode nutrir.
O corpo, a parte mais material de si, não é um mero pedaço de matéria densa, composto por vários órgãos e sistemas. Ele é um complexo sistema energético que sustenta a pulsação sagrada da vida em si.
Estabeleça uma comunicação amorosa e íntima com o seu próprio corpo alimentada diariamente através de diálogos, massagem, relaxamento, meditação, exercício prazeroso e nutrição consciente.
A meditação vai ensiná-lo a estar presente dentro de si mesmo, a respiração correcta modificará até a sua postura e traz uma sensação de plenitude que harmoniza as suas emoções. O seu corpo é a parte visível, a tradução do conjunto da sua mente e reflecte os seus padrões de pensamento. Mudar um, é mudar o outro.
Aprenda a aceitar uma crítica construtiva. Veja nela uma oportunidade de trabalhar sobre si e alcançar a excelência em qualquer aspecto da sua vida. Auto-estima equivale a amor. Amor é trabalho diário sobre nós mesmos. Aprender com os nossos erros e os erros dos outros é um sinal de excelência.
Por outro lado, quando criticar alguém procure que a sua crítica seja oferecida como um presente para ser eficaz: lindamente embrulhada e decorada. Como se faz: "embrulhe" a crítica entre dois elogios". Seja sincero e verá como funciona! Um dos aspectos mais geradores de auto-estima, é a partilha.
Saber partilhar é o princípio da felicidade. Treine diariamente a partilha, seja de um sorriso, de uma palavra, de generosidade, de um ombro amigo, do seu tempo e energia, dos seus sucessos, da sua atenção, dos seus sonhos e das suas grandes questões sobre a vida.
Quando aprendemos a apoiarmo-nos a nós mesmos, é importante estendermos esse apoio aos outros. Há muitas formas de apoiar quem nos rodeia. Reconhecer genuinamente o positivo nos outros, sem outras intenções para além da expressão da verdade do nosso sentir, é um poderoso gerador de mudança e harmonia nos nossos relacionamentos.
Para construir uma auto-estima forte, habitue-se a reconhecer, validar e elogiar as pessoas. Nunca subestime o poder da genuína apreciação e de uma palavra encorajadora no momento certo. Qual é o momento certo? O seu coração sabe e dá-lhe indicações, quando o sentir a expandir-se, num impulso irresistível.
Aprenda a relacionar-se com os outros a partir do melhor em si. Esta é uma chave fundamental para atrair a si o melhor dos outros. Auto-estima é aprender a ver o melhor nos outros e em si mesmo. É ter sentido de humor, pois ele é mágico! Mas a magia só acontece quando decidimos viver mesmo essa libertação que é o rir de nós mesmos e o rir para nós próprios.
É cultivar o seu sentido de humor específico e particular; treinar a capacidade de rir de si mesmo. De contrário, acabamos por entrar numa batalha permanente com a vida. Se estiver numa fase da vida que requer mudança, use os recursos que tem - e esqueça os que perdeu - para reentrar na vida desenvolvendo uma nova confiança e uma expectativa positiva.
Lembre-se de que, sempre que uma mudança acontece, você tem novos recursos, mais conhecimento mais informação e experiência do que na mudança anterior. Use-os a seu favor! Recorda-se das últimas vezes em que se sentiu feliz e motivado? O que estava a fazer? O que é que faria agora se não tivesse medo?
Auto-estima é saber viver com entrega e atenção ao momento presente. O presente é isso mesmo: um presente, uma oferta de vida palpitante, uma oportunidade única de ser criador da sua própria vida! Comece agora mesmo um futuro esperançoso, positivo, cheio de realização. Você pode mudar as suas experiências de vida. Assuma o seu poder interior. Está nas suas mãos! "
Texto: Vera Faria Leal, formadora e professora de facilitadores do Método Louise Hay, em Portugal
http://mulher.sapo.pt/carreira-vida/psicologia/poder-interior-1111855-6.html
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