quinta-feira, abril 08, 2010

"Agressões a filhos e enteados estão a aumentar"

Hoje, li uma notícia no DN cujo título era "Agressões a filhos e enteados estão a aumentar" e devo confessar que fiquei "estupidificada" com as estatísticas apresentadas (valores de 2009).

Por exemplo, as denuncias por violência doméstica aumentaram cerca de 10% num ano, isto corresponde a mais 244 situações do que 2008. As zonas mais críticas são Lisboa (7522 casos), Porto (6562) e Setubal (2400), no entanto, a violência doméstica, infelizmente, abrange todo o território português, todos os sexos, todas as idades e todas as classes sociais é um flagelo que se está a alastrar…. Para mim, trata-se de "doença maligna" que tem de ser fortemente combatida por todos e severamente punida pelo estado e sociedade.

As crianças, neste campo, serão talvez o elo mais fraco, segundo um estudo feito pela Associação Portuguesa de Apoio à Vitima, ocorreram 13 homicídios de crianças entre 2000 e 2007, o que para mim, é impensável e imperdoável, numa sociedade onde os direitos das crianças, deveriam ser, supostamente protegidos e respeitados.

Como é possível, um Ser Humano matar, espancar, maltratar e abusar de outro Ser Humano? Onde está o respeito, a dignidade, compaixão e a solidariedade pelos outros ?

As nossas crianças, são o nosso futuro, por isso, temos de as educar, preparar e protege-las para o futuro. Deixo-vos com um poema sobre as crianças escrito por Isa Maloff.

Das crianças

São puras, inocentes, verdadeiras.
Chamam-lhes anjos, arautos e afins.Elas é que são Buda e Jesus.
Consta que não têm maldade ou preconceitoe deve ser por tudo isso que são o melhor do mundo. Muitos poetas falam delas.
Menos, falam para elas.
Muitos menos, falam com elas.
Afinal, são apenas seres em construçãomas já são o melhor que podem ser.
Não vale a pena gastar muita tinta com a perfeição,o poeta vive do caos, do erro, da paixão.
Diz-se que são seres humanos em potência.
Se eu soubesse o que é ser um sere humano… potência, acho que sei.
Eu já era o eu que hoje sou.
A diferença é que me perdoavam todas as crueldades,que me davam almoço e jantar e me aconchegavam na camae eu não tinha que fazer nada… só existir.
As crianças olham as coisascomo se não percebessem nada do que vêeme têm com elas uma intimidade digital.
Eis a essência e também o Graal.
Mas o melhor da infância foi que eu era imortal.”

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