segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A lenda de Hércules ....

"Hércules, a quem os gregos chamavam de Herácles, devia à sua força imensa o privilégio de ser o mais popular de todos os heróis das antigas lendas gregas. Era filho de Zeus e de uma rainha de Tebas. Ainda no berço, deu Hércules provas do seu excepcional vigor. Um dia encontraram-no tranquilamente deitado com uma grande serpente em cada mão. Tinha estrangulado os animais, que o haviam atacado.

Quando rapaz, guardava os rebanhos do seu pai terrestre. Um dia, ao conduzir os seus animais, chegou a uma encruzilhada onde encontrou duas deusas: uma era bela como o dia e prometeu ao jovem uma vida de prazer caso ele a quisesse seguir. Hércules perguntou-lhe quem era, tendo ela respondido: "sou a deusa do prazer". A outra deusa tinha um aspecto severo e sério. Era a deusa do dever. Disse a Hércules: "o caminho por onde te quero levar está cheio de dificuldades e exige muitos sacrifícios, mas no fim dele esperam-te uma glória imortal e um lugar no Olimpo"."Tu serás o meu guia", disse ele. Hércules teve então de entrar para o serviço de Euristeu, cobarde rei de Micenas. O seu senhor impôs-lhe as doze missões mais difíceis que se podem imaginar. Hércules só seria libertado da sua escravidão quando as tivesse levado a efeito. Realizou-as todas convenientemente.

A sua lembrança permaneceu viva na lenda como os "Trabalhos de Hércules".

A sua primeira proeza foi matar o leão de Nemeia. Mais tarde fez um manto com a pele desse leão, e essa cobertura protegia-o dos golpes.

Em seguida combateu a hidra de Lerna, pavoroso monstro, uma espécie de serpente de várias cabeças; vivia nos pântanos de Lerna, na região do mesmo nome. Hércules cortou primeiro algumas cabeças da hidra, mas por cada cabeça cortada cresciam rapidamente duas outras. Então pediu a um servidor que cauterizasse as feridas com um bocado de madeira incandescente antes que pudessem crescer novas cabeças. Quando o monstro, finalmente, morreu, embebeu as suas flechas no veneno, tornando-as assim mortais.

Hércules realizou as penosas tarefas umas a seguir às outras. Um trabalho que parecia inteiramente impossível foi a limpeza dos estábulos do rei Augeias, onde o estrume de milhares de bois se tinha acumulado durante trinta anos. Mas Hércules resolveu o problema fazendo passar o rio Alfeu através dos estábulos. Em pouco tempo, toda a porcaria foi levada pelas águas.

Finalmente, Hércules conseguiu chegar ao extremo, limite do mundo, onde se encontrava o gigante Atlas. Este suportava nas suas espáduas a abóbada celeste. Hércules incitou-o a roubar algumas maçãs de ouro no jardim de Hespérides, as filhas da noite, durante este tempo tomaria o lugar do gigante, segurando ele próprio a abóbada celeste. Mas Atlas, quando regressou com as maçãs, recusou-se a tomar conta do fardo."Bom então serei forçado a ficar aqui", disse Hércules. Mas ajuda-me um pouco, pois queria pôr uma almofada sobre os meus ombros". Naturalmente, Atlas não ia recusar-lhe este pequeno serviço. Mas, logo que se sentiu livre do fardo, Hércules fugiu com as maçãs e deixou Atlas entregue às suas imprecauções.

A última tarefa de que Euristeu o encarregara era a de fazer sair o cão Cérbero dos Infernos. Hércules era muito corajoso, mas o coração batia-lhe quando partiu para a sombria mansão dos espectros. E sem a ajuda de Hermes não teria, sem dúvida, conseguido ser bem conseguido. Graças ao mensageiro dos mortos, conseguiu chegar junto de Hades, que finalmente o autorizou a levar o cão para a Terra. Não lhe foi fácil dominar esse monstro furioso, que tinha três cabeças e serpentes à maneira de pêlos. Hércules atirou-se ao cão e apertou-lhe as cabeças nas mãos; abafado, quase asfixiado, o cão estava reduzido à impotência. Em seguida Cérbero estava dominado. Deitou-se tremendo aos pés de Hércules e deixou-se conduzir de boa vontade.

Quando Hércules chegou junto de Euristeu e lhe mostrou o cão, o príncipe ficou paralisado pelo medo e suplicou-lhe que levasse o animal. Hércules estava agora livre, mas não se aproveitou desta tranquilidade adquirida por tão elevado preço: começou a percorrer mundo, tornando inofensivos outros monstros e pondo a sua força ao serviço dos homens. Casou com a formosa princesa Dejanira.

Um dia chegaram ambos a um rio rápido que precisavam de transpor. Hércules perguntava a si mesmo como é a sua mulher o atravessaria, quando chegou junto deles um centauro, animal metade homem, metade cavalo. Chamava-se Nesso e ofereceu-se para tomar Dejanira no seu dorso e nadar com ela até à outra margem. Assim se fez. Mas, quando o centauro chegou à outra margem, fugiu levando Dejanira. Hércules atirou-lhe uma flecha embebida no sangue da hidra. Ao morrer, o centauro imaginou uma forma de vingança: aconselhou Dejanira a recolher o seu sangue."Se Hércules te quiser um dia abandonar", disse-lhe ele, "basta-te embeber as suas roupas no meu sangue para que o seu amor renasça". Algum tempo mais tarde Hércules aprisionou uma princesa formosa e jovem. Dejanira, cheia de ciúme, embebeu no sangue de Nesso uma esplêndida túnica que bordara para o seu marido. Como o sangue estava envenenado pelas flechas de Hércules, mal o herói vestiu a túnica foi assaltado por dores lancinantes. A vingança de Nesso estava consumada. Hércules ia morrer. A sua alma foi recebida entre os deuses do Olimpo. Zeus e Hera deram-lhe em casamento a sua filha Hebe, a deusa da eterna juventude."

Fonte: Internet



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